domingo, 3 de maio de 2009

projeto 5

Ritmo e Leitura no Rádio



Falar ou ler notícias no rádio é algo que, necessariamente, deve-se levar em consideração a Linguagem Radiofônica. As características dessa linguagem podem interferir diretamente na efetivação da comunicação. Portanto, antes de qualquer coisa, é preciso que radialistas, jornalistas e locutores – de um modo geral – tenham domínio sobre a Linguagem Radiofônica.

Dizemos, de uma maneira didática, que a linguagem radiofônica é composta de voz, música, efeitos sonoros e silêncio. Esses componentes atuam isoladamente ou combinados, de acordo com a necessidade. A voz trabalha no campo da consciência e os demais elementos, no inconsciente do ouvinte. O rádio não necessita de atenção exclusiva como a TV e o jornal impresso. O ouvinte pode estar trabalhando, estudando, dirigindo um carro, comendo, caminhado, etc., e mesmo assim poderá estar em contato com ele. O rádio “fala” e, para receber a mensagem, é somente necessário ouvir.

Entretanto, em função dessa mobilidade, não podemos esquecer que o ouvinte de rádio precisa ter sua atenção despertada a todo momento, uma vez que ninguém tem a capacidade de se manter inteiramente voltado para as informações que lhes estão sendo transmitidas.

Essa exigência de atenção constante é uma das mais sérias desvantagens da radiodifusão, principalmente levado-se em conta que as informações veiculadas no rádio podem ser as coisas mais perecíveis do mundo se não tomarmos os cuidados necessários. Uma notícia má irradiada e não bem compreendida não permite a quem escuta ouvi-la novamente. É a chamada fugacidade do rádio.









Em se tratando de fugacidade dois aspectos relevantes devem ser citados:


A inerência da mensagem radiofônica: No rádio há o consumo da mensagem no momento da transmissão. Não há volta a um ponto mal-compeendido.



A obsolescência da informação: A noticia no ar torna-se obsoleta,
simultaneamente à sua transmissão.


O profissional de rádio deve ter em mente que os textos para esse veiculo devem ser produzidos para os ouvidos e não para os olhos. Numa emissão informativa todas as mensagens devem estar condicionadas a um ritmo. O locutor dá a harmonia, usando freqüentemente “separadores musicais” (em geral BG) ou ruídos com efeitos equivalentes aos parágrafos. Todo esse mosaico permite uma variedade que corta a monotonia da linguagem e, simultaneamente, retém a atenção do ouvinte.
Uma dica: ao colocar uma informação no ar, tente causar a sensação de que você está “falando a noticia” e não “lendo a notícia”. Ler a notícia antes de coloca-la no ar gera essa sensação. Discreta inflexão vocal também é interessante no noticiário. Cuidado com exageros, pois você pode comprometer toda a credibilidade da noticia.

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